segunda-feira, 24 de setembro de 2007

"Amor de minhas entranhas, morte viva, em vão espero tua palavra escrita e penso, com a flor que se murcha, que se vivo sem mim quero perder-te. O ar é imortal. A pedra inerte não conhece a sombra e nem a evita. Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte. Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias, tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de kordiscos e açucenas. Enche, pois, de palavras a minha loucura ou deixa-me viver em minha serena noite da alma pra sempre escura..."

GARCIA LORCA

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