terça-feira, 25 de setembro de 2007

Da Dor

Tu és
A falha do tempo
O atraso
Desencontro
Por tuas mãos descobri o desgosto.
Tu és o estio
Lágrimas represadas
Que o céu não chora
Se nega
Ferindo a terra.
Tu és o deserto
Campo estéril
Mata sem trégua.
Tu és, da minha noite,
Toda a escuridão
Meu desalento
Meu desamparo na solidão.
Tuas mãos que não me chegam
Olhar que cega
Torpor da inércia.
Tu és, na minha vida,
O nervo exposto
Fogo fáctuo
Perguntas sem respostas
Ilusão de ótica.
No meu corpo,
Tu és meu ventre
E coração
Tu és meu sangue
Meu fogo
Tu és os cortes na minha carne
A dor
O grito silenciando todo amor.


P/ Jean Luvisoto. Abimo Pectore. 18.Julho.2007

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