segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Choro junto com a chuva que cai
Todas as lágrimas do mundo
Represadas
Contidas
Desperdiçadas
Todas vãs.
Banham apenas meu rosto
E não lavam minha alma
Não cessam
Não secam
Não caem mais:
Choro por dentro;
Por dentro sangro e morro
A cada dia um pouco mais,
Lentamente...
Chamei teu nome nas noites,
Todas tão longas
Todas tão tristes,
E mesmo assim
Não respondestes ao meu chamado.
Esperei por ti todos os dias
De chuva e sol,
Corpo imóvel na janela,
Olhar fixo no hotizonte
E tu sempre me soubes onde...
E mesmo assim
Não veio ao meu encontro.
Ainda que não mais houvesse
O dia de céu claro,
A noite repleta de estrelas,
Depois de ti
Em mim sempre foi
Céu nublado, carregado de nuvens,
Noite escura
Onde preservo
Sem pudores ou receios
Gravados a sangue e fogo,
Teu nome em fermata,
Teus olhos de som e cor,
Teu corpo de deserto e fúria,
Teu cheiro de sal e sol,
Tuas mãos cravadas em minha carne.

P/ Jean Luvisoto. Abimo Pectore. 30/08/2007.

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